Comparação entre o resultado do tratamento clínico de pacientes com claudicação intermitente por obstrução femoropoplítea bilateral versus obstrução aórtica
Manoel Augusto Lobato dos Santos Filho, Ruben Miguel Ayzin Rosoky, Daniella Ferraro Fernandes Costa, César Biselli Ferreira, Nelson Wolosker, Pedro Puech-Leão
Resumo
Objetivos: A claudicação intermitente é uma das manifestações
iniciais da doença arterial obstrutiva periférica. Embora a maioria dos
pacientes apresente melhora dos sintomas quando submetidos ao tratamento
clínico, alguns não melhoram e podem até apresentar piora.
O objetivo deste estudo é verificar se existe diferença no resultado do
tratamento clínico de acordo com a localização da obstrução arterial.
Métodos: Estudamos 212 pacientes portadores de claudicação
intermitente por doença arterial obstrutiva periférica, que foram submetidos
a tratamento clínico adequadamente realizado. Dividimos os
pacientes em dois grupos: grupo AO (obstrução da aorta) e grupo FP
(obstrução femoropoplítea bilateral).
Resultados: O resultado do tratamento foi avaliado segundo a
distância percorrida durante teste de esforço progressivo realizado na
primeira e última avaliações. No final do seguimento, quatro (4,9%)
pacientes do grupo AO andavam menos de 50 metros, e um (1,2%)
paciente estava com isquemia de repouso, enquanto dois (1,5%) pacientes
do grupo FP andavam menos de 50 metros, e quatro (3,1%)
pacientes estavam com isquemia de repouso. A distância final em
metros revela uma melhora estatisticamente significativa dos dois grupos
(Grupo AO P = 0,003 e Grupo FP P < 0,0001), sendo maior no
grupo FP (P = 0,011).
Conclusão: Observamos que, nos dois grupos como um todo, os
pacientes obtiveram uma melhora significante, porém aqueles do grupo
FP apresentaram evolução melhor que os do grupo AO.