Ruptura carotídea durante angioplastia: tratamento endovascular e seguimento por 5 anos
Resumo
A angioplastia carotídea emergiu como uma alternativa terapêutica
à doença aterosclerótica. Existem inúmeras possíveis complicações
inerentes, porém a ruptura é muito rara, e a abordagem terapêutica
varia desde a conservadora à operação aberta. Relatamos um caso
de ruptura carotídea durante angioplastia, onde o tratamento conservador
por tamponamento temporário com balão não resolveu. Optamos
pela colocação de um stent revestido, controlando a hemorragia
ativa. A paciente recuperou-se integralmente sem nenhuma nova
intercorrência, permanecendo assintomática durante todo o seguimento
clínico e ecográfico de 61 meses. Concluímos que, apesar de representar
uma complicação rara, o risco é real. O tratamento endovascular
desse tipo de laceração é seguro e efetivo, com excelente resultado em
médio prazo.