Estratégias atuais para o tratamento da infecção em revascularizações infra-inguinais
Luís Henrique Gil França, Henrique Jorge Stahlke Jr.
Resumo
A infecção pós-operatória representa uma complicação grave em revascularizações de membros inferiores e sua prevenção, controle e tratamento são um desafio ao cirurgião vascular. Os pacientes que desenvolvem essa infecção apresentam não só morbidade aumentada, como também mortalidade significativa. A infecção pós-operatória é difícil de ser erradicada e, se não for adequadamente tratada, pode causar falência do enxerto vascular, hemorragia e sepsis, sendo de extrema importância o uso de medidas para a prevenção da infecção pós-operatória. A utilização de técnicas menos invasivas para a retirada da veia safena magna em cirurgias de revascularização de membros inferiores e o uso de próteses impregnadas com sais de prata e antibióticos são exemplos de medidas profiláticas utilizadas. O sucesso do tratamento requer uma ampla compreensão da fisiopatogenia do processo, assim como o uso criterioso das várias modalidades terapêuticas, entre elas: a antibioticoterapia apropriada, o desbridamento cirúrgico e a revascularização quando necessário. Atualmente, o uso de próteses impregnadas com rifampicina tem se mostrado eficaz no tratamento de infecção causada pelo Staphylococcus epidermidis. Os resultados iniciais com o uso de enxertos autólogos criopreservados e a utilização da veia femoral superficial como substituto arterial são promissores. O objetivo deste artigo é fazer uma revisão atualizada sobre a avaliação e o tratamento da infecção em revascularizações infrainguinais.