Jornal Vascular Brasileiro
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Original Article

Tratamento cirúrgico do tumor de corpo carotídeo: experiência de 30 anos do Hospital de Clínicas da UFPR

Surgical treatment of the carotid body tumor: a 30-year experience

Luís Henrique Gil França, Caroline Gomes Bredt, Alessandra Vedolin, Luiz Augusto Back, Henrique Jorge Stahlke Jr.

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Resumo

Objetivo: Os paragangliomas do corpo carotídeo são raros e devem fazer parte do diagnóstico diferencial de massas tumorais da região cervical. Atualmente, com os avanços nas técnicas anestésicas e cirúrgicas, os riscos de complicações como lesão carotídea, lesão de pares cranianos, acidente vascular cerebral e morte têm sido reduzidos. Este artigo tem como objetivo relatar a experiência de 20 ressecções de tumor do corpo carotídeo realizadas no Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Método:O grupo analisado era composto por 11 mulheres e oito homens, com um total de 20 tumores do corpo carotídeo (um paciente com lesão bilateral). Onze tumores estavam localizados no lado direito e nove no lado esquerdo. Todas as lesões eram primárias. A idade dos pacientes variou entre 18 e 45 anos. Dos 20 tumores, 16 foram classificados no grupo I de Shamblin, três no grupo II e um no grupo III. Todos os pacientes foram submetidos à ressecção cirúrgica do tumor. Resultados: Três pacientes tiveram lesão parcial de pares cranianos (15%). Não ocorreram mortes e não foram detectadas recorrências no acompanhamento. Conclusão: Os tumores do corpo carotídeo são diagnosticados pela suspeita clínica associada a exames complementares. O diagnóstico precoce e a ressecção de tumores pequenos diminuem o risco de malignidade e de complicações neurovasculares. O tratamento cirúrgico é um consenso e, se realizado por um cirurgião vascular experiente, reduz significativamente a morbidade da doença.

Palavras-chave

tumor do corpo carotídeo, cirurgia, diagnóstico diferencial

Abstract

Objective: Carotid body tumors are rare and they must always be part of the differential diagnosis of tumor masses in the cervical region. Advances in vascular surgical techniques have reduced the risks of perioperative complications such as carotid injury, stroke and death. The objective of this article is to report the authors’ experience in 20 carotid body tumor resections. Methods: Data of 11 women and eight men (one patient had bilateral paraganglioma) were reviewed. Eleven tumors were located on the right side of the neck and nine on the left side. The age range was 18-45 years. Sixteen tumors were classified according to Shamblin as group I, three as group II and one as group III. All patients were submitted to surgical resection of the tumor. Results: Three patients had partial cranial nerve lesion (15%). No deaths occurred and no recurrences were detected at follow-up. Conclusion: A high degree of clinical suspicion and accurate diagnosis are needed for operative planning. Resection is the treatment of choice and, if performed by an experienced vascular surgeon, it reduces significantly the morbidity of the disease

Keywords

carotid body tumor, surgery, differential diagnosis
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