Este artigo tem como objetivo analisar o trauma penetrante da artéria axilar e discutir as diferentes condutas realizadas na fase aguda, com ênfase no diagnóstico e no tratamento. São relatados três casos de pacientes com trauma penetrante da artéria axilar causado por ferimento por arma de fogo atendidos no Pronto-Socorro do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas no primeiro semestre de 2002. O primeiro caso recebeu diagnóstico de pseudo-aneurisma, o qual foi tratado por via endovascular. O segundo caso apresentava trombose da artéria axilar e lesão do plexo braquial, mas com índice pressórico braquial/braquial igual a 0,6, sendo adotada apenas conduta conservadora. O terceiro caso apresentava isquemia aguda no membro superior direito e necessitou de cirurgia de urgência. A reconstrução arterial foi realizada com enxerto de veia safena. Todos os pacientes evoluíram satisfatoriamente durante o seguimento. Conclui-se que o tratamento das lesões vasculares traumáticas da artéria axilar deve ser individualizado, com análise das possibilidades aplicáveis em cada paciente.

This article aims at analyzing penetrating trauma of the axillary artery and discussing the different procedures to be performed in the acute phase, with emphasis on diagnosis and treatment, based on the report of three cases of penetrating trauma of the axillary artery caused by gunshot treated at the emergency room at Hospital de Clínicas of Universidade Estadual de Campinas in the first semester of 2002. In the first case, false aneurysm was diagnosed and handled with endovascular therapy. In the second case, there was axillary artery thrombosis and brachial plexus injury but with a brachial-brachial index equal to 0.6, for which case only conservative measures were adopted. In the third case, acute ischemia of right arm was diagnosed and an emergency surgical procedure was carried out. Arterial reconstruction was performed with saphenous graft. All patients showed satisfactory development during follow-up. The authors concluded that the treatment of traumatic vascular injuries of the axillary artery must be individualized, with regard to the possibilities suitable for each individual patient.