Jornal Vascular Brasileiro
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Artigo Original

Profilaxia da trombose venosa profunda – estudo epidemiológico em um hospital escola

Deep venous thrombosis prophylaxis – epidemiological study in a medical school hospital

Ana Luiza Valiente Engelhorn, Antônio César Franco Garcia, Maria Fernanda Cassou, Leonardo Birckholz, Carlos Alberto Engelhorn

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Resumo

Objetivos: A trombose venosa profunda é uma entidade freqüente e grave, que pode levar à embolia pulmonar e à síndrome pós-trombótica. Apesar de os protocolos para a sua prevenção estarem à disposição de todos os profissionais da área médica, muitos pacientes não estão recebendo a profilaxia rotineiramente. O objetivo deste estudo é verificar se a profilaxia para a trombose venosa está sendo utilizada de maneira rotineira e correta em um hospital escola. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo com 228 pacientes de diferentes especialidades, internados no hospital geral universitário Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Os pacientes foram divididos em clínicos (70,18%) e cirúrgicos (29,82%). Em cada paciente foi analisado como se procedeu a utilização da profilaxia para a trombose venosa. Foram pesquisados fatores clínicos, medicamentosos e cirúrgicos para todos os pacientes e, com base nesses dados, a estratificação de risco foi estabelecida, conforme a classificação recomendada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. O estudo estatístico foi feito de maneira descritiva. Resultados: Dos 228 pacientes, 91 eram de baixo risco para o desenvolvimento de trombose venosa profunda, 70 eram de médio risco e 67 eram de alto risco. Cento e noventa e nove (87,28%) pacientes não receberam tratamento profilático para trombose venosa e 29 (12,72%) receberam. Apenas 18,57% dos pacientes com risco moderado e 20,90% dos pacientes com alto risco receberam profilaxia. Conclusões: Apesar de ter sua eficácia comprovada e difundida, a profilaxia para a trombose venosa profunda não está sendo utilizada em pacientes com risco potencial para desenvolver trombose venosa profunda.

Palavras-chave

trombose venosa, profilaxia, embolia pulmonar

Abstract

Objectives: Deep venous thrombosis is a frequent and severe disease that can lead to pulmonary embolism and postthrombotic syndrome. Although there are prevention protocols available to all medical professionals, many patients are not receiving prophylaxis as a routine. The objective of this study is to verify whether the venous thrombosis prophylaxis is being used correctly in a school hospital. Methods: A prospective study was performed with 228 patients of different specialties, admitted to the Santa Casa de Misericórdia Hospital in Curitiba. They were placed in two groups, clinical (70.18%) and surgical patients (29.82%). We analyzed how prophylaxis was used in each patient. Clinical, pharmacological and surgical factors were researched and these data were used to establish the risk stratification according to the classification recommended by the Brazilian Society of Angiology and Vascular Surgery. The statistical study was carried out in a descriptive manner. Results: Among the 228 patients, 91 were at low risk for deep venous thrombosis, 70 were at medium risk and 67 showed a high risk. One hundred and ninety-nine (87.28%) patients did not receive venous thrombosis prophylaxis and 29 (12.72%) did. Only 18.57% of the medium-risk patients and 20.90% of high-risk patients received the prophylaxis. Conclusions: Although the deep venous thrombosis prophylaxis is a proven and well known strategy, it is not being used in patients at potential risk for such disease.

Keywords

venous thrombosis, prophylaxis, pulmonary embolism
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