Jornal Vascular Brasileiro
https://jvascbras.org/article/doi/10.1590/1677-5449.210098
Jornal Vascular Brasileiro
Original Article

O volume de fluxo e a velocidade de pico sistólico ao ultrassom vascular com Doppler intraoperatório como preditores de perviedade precoce na fístula arteriovenosa autógena para hemodiálise

Intraoperative vascular Doppler ultrasound blood flow and peak systolic velocity predict early patency in hemodialysis arteriovenous fistula

Guilherme de Castro-Santos; Gabriella Yuka Shiomatsu; Rafaela Martins dos Santos Oliveira; Ricardo Jayme Procópio; Túlio Pinho Navarro

Downloads: 3
Views: 1467

Resumo

Resumo: Contexto: A insuficiência renal crônica é um problema de saúde pública mundial. A hemodiálise é a principal terapia renal substitutiva. As fístulas arteriovenosas (FAV) são uma possível escolha, mas apresentam altas taxas de falência.

Objetivos: Este estudo tem como objetivo avaliar a relação entre as variáveis hemodinâmicas ao ultrassom vascular com Doppler no intraoperatório e a perviedade precoce da FAV para hemodiálise.

Métodos: Tratou-se de um estudo prospectivo observacional. Os pacientes consecutivos foram submetidos a FAV com ultrassonografia vascular com Doppler em intraoperatório nos dias 1, 7, 30 e 60. Eles foram divididos em grupos quanto à presença ou não de perviedade primária e secundária, e o volume de fluxo (VF) e a velocidade de pico sistólico (VPS) foram comparados. Foram realizadas curvas receiver operating characteristic (ROC), com definição de valores de VPS e VF com sensibilidade (S) e especificidade (E).

Resultados: Foram analisados 47 pacientes, os quais preencheram os critérios de inclusão. Os valores de VPS e VF intraoperatório foram maiores nos pacientes com perviedade primária e secundária comparados àqueles com falência. Os seguintes valores apresentaram maiores sensibilidade e especificidade para predizer perviedade primária aos 30 dias: 106 cm/s para VPS venoso, S: 75%, E: 71,4%; e 290,5 mL/min para VF arterial, S: 80,6%, E: 85,7%. Para perviedade secundária aos 30 dias, foram observados: 106 cm/s para VPS arterial, S: 72,7%, E: 100%; e 230 mL/min para VF venoso, com S: 86,4%, E: 100%. Para a perviedade primária no 60º dia, foram observados: 106 cm/s para VPS venoso, S: 74,4%, E: 62,5%; e 290,5 mL/min para VF arterial, S: 80%, E: 75%.

Conclusões: A velocidade de pico sistólico e o VF ao ultrassom vascular com Doppler intraoperatório são preditores de perviedade precoce na FAV para hemodiálise.

Palavras-chave

fístula arteriovenosa, perviedade, ultrassom intraoperatório, volume de fluxo, velocidade sistólica de pico

Keywords

arteriovenous fistula; patency; intraoperative ultrasound; blood flow; peak systolic velocity

References

1 GBD Chronic Kidney Disease Collaboration. Global, regional, and national burden of chronic kidney disease, 1990-2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. Lancet. 2020;395(10225):709-33. PMid:32061315.

2 Carney EF. The impact of chronic kidney disease on global health. Nat Rev Nephrol. 2020;16(5):251. http://dx.doi.org/10.1038/s41581-020-0268-7. PMid:32144399.

3 Liyanage T, Ninomiya T, Jha V, et al. Worldwide access to treatment for end-stage kidney disease: a systematic review. Lancet. 2015;385(9981):1975-82. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(14)61601-9. PMid:25777665.

4 Lok CE, Huber TS, Lee T, et al. KDOQI clinical practice guideline for vascular access: 2019 update. Am J Kidney Dis. 2020;75(4,Suppl 2):S1-S164. http://dx.doi.org/10.1053/j.ajkd.2019.12.001. PMid:32778223.

5 Huijbregts HJT, Bots ML, Wittens CHA, Schrama YC, Moll FL, Blankestijn PJ. Hemodialysis arteriovenous fistula patency revisited: results of a prospective, multicenter initiative. Clin J Am Soc Nephrol. 2008;3(3):714-9. http://dx.doi.org/10.2215/CJN.02950707. PMid:18256379.

6 Lok CE, Sontrop JM, Tomlinson G, et al. Cumulative patency of contemporary fistulas versus grafts (2000–2010). Clin J Am Soc Nephrol. 2013;8(5):810-8. http://dx.doi.org/10.2215/CJN.00730112. PMid:23371955.

7 Franco RP. Arteriovenous fistulas in hemodialysis: factors of success and the role of nephrologists. J Bras Nefrol. 2018;40(4):309-11. http://dx.doi.org/10.1590/2175-8239-jbn-2018-0161. PMid:30625232.

8 Bylsma LC, Gage SM, Reichert H, Dahl SLM, Lawson JH. Arteriovenous fistulae for haemodialysis: a systematic review and meta-analysis of efficacy and safety outcomes. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2017;54(4):513-22. http://dx.doi.org/10.1016/j.ejvs.2017.06.024. PMid:28843984.

9 Hui SH, Folsom R, Killewich LA, Michalek JE, Davies MG, Pounds LL. A comparison of preoperative and intraoperative vein mapping sizes for arteriovenous fistula creation. J Vasc Surg. 2018;67(6):1813-20. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2017.10.067. PMid:29452835.

10 Farber A, Imrey PB, Huber TS, et al. Multiple preoperative and intraoperative factors predict early fistula thrombosis in the Hemodialysis Fistula Maturation Study. J Vasc Surg. 2016;63(1):163-70.E6. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2015.07.086. PMid:26718822.

11 Castro-Santos G, Salles AG, Dos Anjos GS, Procópio RJ, Navarro TP. Brachial vein transposition: an alternative to hemodialysis arteriovenous graft. J Vasc Bras. 2019;18:e20190077. PMid:31807129.

12 Bazan HA, Schanzer H. Transposition of the brachial vein: a new source for autologous arteriovenous fistulas. J Vasc Surg. 2004;40(1):184-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2004.03.044. PMid:15218484.

13 Saucy F, Haesler E, Haller C, Déglise S, Teta D, Corpataux J. M. Is intra-operative blood flow predictive for early failure of radiocephalic arteriovenous fistula? Nephrol Dial Transplant. 2010;25(3):862-7. http://dx.doi.org/10.1093/ndt/gfp577. PMid:19892754.

14 Cyrek AE, Bernheim J, Juntermanns B, Husen P, Pacha A, Hoffmann JN. Intraoperative use of transit time flow measurement improves patency of newly created radiocephalic arteriovenous fistulas in patients requiring hemodialysis. J Vasc Access. 2020;21(6):990-6. http://dx.doi.org/10.1177/1129729820916561. PMid:32375582.

15 Benaragama KS, Barwell J, Lord C, et al. Post-operative arterio-venous fistula blood flow influences primary and secondary patency following access surgery. J Ren Care. 2018;44(3):134-41. http://dx.doi.org/10.1111/jorc.12238. PMid:29520968.

16 Usta E, Elkrinawi R, Salehi-Gilani S, et al. Risk factors predicting the successful function and use of autogenous arteriovenous fistulae for hemodialysis. Thorac Cardiovasc Surg. 2013;61(5):438-44. PMid:23169107.

17 Karanam S, Dasari R, Kumar A, Tyagi A, Kumar S, Lakshmi AY. Hemodialysis arteriovenous fistula maturation and role of perioperative vascular mapping. J Dr NTR Univ Health Sci. 2019;8(4):257-60. http://dx.doi.org/10.4103/JDRNTRUHS.JDRNTRUHS_55_19.

18 Abreu R, Rioja S, Vallespin J, Vinuesa X, Iglesias R, Ibeas J. Predictors of early failure and secondary patency in native arteriovenous fistulas for hemodialysis. Int Angiol. 2018;37(4):310-4. http://dx.doi.org/10.23736/S0392-9590.18.03927-5. PMid:29424185.
 


Submitted date:
06/07/2021

Accepted date:
09/30/2021

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)"> Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)">
61f44d8fa953954dfb0328da jvb Articles

J Vasc Bras

Share this page
Page Sections