Jornal Vascular Brasileiro
https://jvascbras.org/article/doi/10.1590/S1677-54492010000400003
Jornal Vascular Brasileiro
Original Article

A frequência da utilização de profilaxia para trombose venosa profunda em pacientes clínicos hospitalizados

The frequency of using prophylaxis to deep venous thrombosis among clinical hospitalized patients

Guilherme Benjamin Brandão Pitta; Rosamaria Rodrigues Gomes

Downloads: 0
Views: 1129

Resumo

CONTEXTO: A profilaxia para trombose venosa profunda (TVP) está sendo subutilizada, ainda que seja a causa mais comum de mortalidade hospitalar passível de prevenção. Assim, é relevante responder à pergunta de pesquisa: qual a frequência da utilização de profilaxia para TVP em pacientes clínicos hospitalizados? OBJETIVO: Determinar a frequência da utilização de profilaxia para TVP em pacientes clínicos hospitalizados. A hipótese foi de 20%. MÉTODOS: Tipo de estudo: Estudo transversal de frequência. Local: Hospital Geral do Estado Dr. Osvaldo Brandão Vilela, Maceió, Alagoas. Amostra: Foram incluídos os pacientes clínicos e excluídos os menores de 18 anos, as gestantes e os pacientes hospitalizados há menos de 72 horas. Variável primária: a frequência da utilização de profilaxia para TVP. Variáveis secundárias: a frequência da utilização de métodos físicos e farmacológicos para a prevenção de TVP. Métodos estatísticos: O tamanho da amostra foi de 246 indivíduos (proporção=20%, precisão absoluta=5%, nível de significância=5%). Foram utilizados o teste do qui-quadrado e o intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: A frequência da utilização de profilaxia para TVP foi 33% (80/246; IC95% 2 a 38). A frequência da utilização de métodos físicos para a prevenção de TVP foi 17% (41/246; IC95% 12 a 21) e de métodos farmacológicos foi 26% (64/246; IC95% 21 a 31). CONCLUSÃO: A frequência da utilização de profilaxia para TVP em pacientes clínicos hospitalizados foi 33%.

Palavras-chave

Trombose venosa, prevenção de doenças, heparina

Abstract

CONTEXT: The prophylaxis to deep venous thrombosis is being underused, although this disease be the most common cause of intrahospital mortality that could be prevented. Thus, it is relevant to answer the research question: what is the frequency of use of prophylaxis to deep venous thrombosis among clinical hospitalized patients? OBJECTIVE: To determine the frequency of use of prophylaxis to deep venous thrombosis in clinical hospitalized patients. The research hypothesis was 20%. METHODS: Cross-sectional study. Setting: Hospital Geral do Estado Dr. Osvaldo Brandão Vilela, Maceió, Alagoas, Brazil. Sample: Clinical hospitalized patients were included. Patients under 18 years-old, pregnant women and those admitted with less than 72 hours of hospitalization were excluded. Primary variable: the frequency of use of prophylaxis to deep venous thrombosis. Secondary variable: the frequency of physical and pharmacological methods to prevent deep venous thrombosis. Statistical Methods: The sample size was 246 individuals (proportion=20%, absolute precision=5%, significance level=5%). The statistical analysis was performed using qui-square test and 95% confidence interval. RESULTS: The frequency of using prophylaxis to deep venous thrombosis was 33% (80/246; CI95% 27 to 38). The frequency of using physical methods to prevent deep venous thrombosis was 17% (41/246; CI95% 12 to 21) and the frequency of using pharmacological methods was 26% (64/246;CI95% 21 to 31). CONCLUSION: The frequency of use of prophylaxis to deep venous thrombosis among clinical hospitalized patients was 33%.

Keywords

Venous thrombosis, disease prevention, heparin

References

Maffei FHA. Diagnóstico clínico das doenças venosas periféricas. Doença vasculares periféricas. 1995:771-83.

Garcia ACF, Souza BV, Volpato . Realidade do uso da profilaxia para trombose venosa profunda: da teoria à prática. J Vasc Bras.. 2005;4:35-41.

Projeto Diretrizes: Tromboembolismo venoso - profilaxia para pacientes clínicos. 2005.

Maffei FHA, Caiafa JS, Ramacciotti E. Castro AA para o Grupo de Elaboração de Normas de Orientação Clínica em Trombose Venosa Profunda da SBACV: Normas de orientação clínica para prevenção, diagnóstico e tratamento da trombose venosa profunda (revisão 2005). 2005.

Dentali F, Douketis JD, Gianni M, Lim W, Crowther MA. Meta-analysis: anticoagulant prophylaxis to prevent symptomatic venous thromboembolism in hospitalized medical patients. Ann Intern Med.. 2007;146:278-88.

Garcia ACF, Souza BV, Volpato DE. Realidade do uso da profilaxia para trombose venosa profunda: da teoria à prática. J Vasc Bras.. 2005;4(1):35-41.

Alpert JS, Dalen JE. Epidemiology and natural history of venous thromboembolism. Prog Cardiovasc Dis.. 1994;36:417-22.

Pitta GBB, Leite TL, Silva MDC, Melo CFL, Calheiros GA. Avaliação da utilização de profilaxia da trombose venosa profunda em um hospital escola. J Vasc Bras.. 2007;6:344-51.

Ficha do estabelecimento de saúde. .

Houaiss A. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 2001.

Gnome Documentation Project. 2007.

Ravagnani FR, Catelan L. Glossário de estatística. 2002.

Lwanga SK, Lemeshow S. Sample size determination in health studies: a practical manual. 1991.

Lee . Laboratório de Epidemiologia e Estatística: Calculadora eletrônica para o cálculo do tamanho da amostra a partir da estimativa de uma proporção. .

Gardner MJ, Altman DJ. Statistic with confidence: confidence intervals and statistical guidelines. 1989.

Versão 3.01, 32 bit for Win 95/NT, GraphPad Software Inc.. .

Altman DG. Practical statistics for medical research. 1991.

Davies HTO, Crombie IK. What are confidence intervals and p-values?. 2009.

Rocha ATC, Braga P, Ritt G, Lopes AA. Inadequação de tromboprofilaxia venosa em pacientes clínicos hospitalizados. Rev Assoc Med Bras.. 2006;52(6):441-6.

Tapson VF, Decousus H, Pini M, Chong BH, Froehlich JB, Monreal M, Spyropoulos AC, Merli GJ, Zotz RB, Bergmann JF, Pavanello R, Turpie AG, Nakamura M, Piovella F, Kakkar AK, Spencer FA, Fitzgerald G, Anderson FA. IMPROVE Investigators: Venous thromboembolism prophylaxis in acutely ill hospitalized medical patients: findings from the International Medical Prevention Registry on Venous Thromboembolism. Chest. 2007;132(3):936-45.

Geerts WH, Heit JA, Clagett GP, Pineo GF, Colwell CW, Anderson FA, Wheeler HB. Prevention of venous thromboembolism. Chest. 2001;119:132S-75S.

Spyropoulos AC. Emerging strategies in the prevention of venous thromboembolism in hospitalized medical patients. Chest.. 2005;128(2):958-69.

Cohen AT, Tapson VF, Bergmann JF, Goldhaber SZ, Kakkar AK, Deslandes B, Huang W, Zayaruzny M, Emery L, Anderson FA. ENDORSE Investigators: Venous thromboembolism risk and prophylaxis in the acute hospital care setting (ENDORSE study): a multinational cross-sectional study. Lancet.. 2008;371(9610):387-94.

Rashid ST, Thursz MR, Razvi NA, Voller R, Orchard T, Rashid ST, Schlebak AA. Venous thromboprophylaxis in UK medical inpatients. J R Soc Med.. 2005;98:507-12.

Franco RM, Simezo V, Bortoleti RR. Profilaxia para tromboembolismo venoso em um hospital de ensino. J Vasc Bras.. 2006;5(2):131-8.

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)"> Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)">
5ddebdf60e88259e0c7279a2 jvb Articles
Links & Downloads

J Vasc Bras

Share this page
Page Sections