Jornal Vascular Brasileiro
https://jvascbras.org/article/doi/10.1590/S1677-54492011000400013
Jornal Vascular Brasileiro
Case Report

Síndrome do aprisionamento da artéria poplítea: relato de caso

Popliteal artery entrapment syndrome: case report

Marcelo Bettega; Ariane Szeliga; Rafael Pereira Hagemann; Antônio Lacerda Santos Filho; Nelson Mesquita Júnior

Downloads: 0
Views: 955

Resumo

A síndrome do aprisionamento da artéria poplítea caracteriza-se pela compressão desta artéria sendo a principal causa de claudicação intermitente em jovens. Homem, 18 anos, branco, apresentava parestesia, frialdade e palidez do pé direito, iniciada 24 horas após exercício físico. Em membro inferior direito, ausência de pulsos tibial posterior e dorsal do pé. À flexão dorsal e flexão plantar forçadas, houve diminuição dos pulsos tibial posterior e dorsal do pé à esquerda. Tratado cirurgicamente, o paciente apresentou pulso em ambas as artérias. A síndrome é mais frequente em homens e a prevalência varia entre 0,16 e 3,5%. O aprisionamento da artéria poplítea tipo III é mais comum. A falta de tratamento pode levar à embolia, trombose e aneurismas pós-estenóticos. Esta síndrome deve ser lembrada como causa de dor na perna, especialmente em homens jovens e de prática esportiva intensa.

Palavras-chave

artéria poplítea, constrição patológica, cirurgia

Abstract

Popliteal artery entrapment syndrome is the compression of the popliteal artery and is the main cause of intermittent claudication in young patients. An 18-year-old man was admitted at our service complaining of right foot paresthesia, coldness, and pallor that appeared 24 hours after physical activity. Posterior tibial and dorsal artery of foot pulses were not present in right lower limb. Diminished posterior tibial and dorsal artery of the foot pulses were found in left lower limb at dorsal flexion and forced plantar flexion. After surgery, both pulses were present. This syndrome is more frequent in men and its prevalence varies between 0.16 and 3.5%. Popliteal artery entrapment type III is most common. Non-treated entrapment can lead to embolism, thrombosis and post-stenotic aneurysms. The syndrome must be considered as a cause of lower limb pain specially in young men with intense sport practice history.

Keywords

popliteal artery, constriction, pathologic, surgery

References

Levien LJ. Popliteal artery entrapment syndrome. SeminVasc Surg.. 2003;16(3):223-31.

Stuart TP. Note on a variation in the course of the popliteal artery. J. Anat Physiol.. 1879;13:162-5.

Araújo JD, Araújo Filho JD, Ciorlin E. Aprisionamento de vasos poplíteos: diagnóstico e tratamento e o conceito do aprisionamento funcional. J Vasc Bras.. 2002;1(1):22-31.

Love JW, Whelan TJ. Popliteal artery entrapment syndrome. Am J Surg.. 1965;109:620-4.

Collins PS, McDonald PT, Lim RC. Popliteal artery entrapment: an evolving syndrome. J Vasc Surg.. 1989;10(5):484-90.

Wright LB, Matchett WJ, Cruz CP. Popliteal artery disease: diagnosis and treatment. Radiographics. 2004;24(2):467-79.

Schurmann G, Mattfeldt T, Hofmann W. The popliteal artery entrapment syndrome: presentation, morphology and surgical treatment of 13 cases. Eur J Vasc Surg.. 1990;4(3):223-31.

Levien LJ, Veller MG. Popliteal artery entrapment syndrome: more common than previously recognized. J Vasc Surg.. 1999;30(4):587-98.

Almeida MJ, Yoshida WB, Melo NR. Síndrome do aprisionamento da artéria poplítea. J Vasc Bras.. 2003;2(3):211-9.

Ikawa MH, Natour J, Jannini MG. Síndrome do entrelaçamento da artéria poplítea: um diagnóstico diferencial de claudicação de membros inferiores: contribuição da ressonância magnética para diagnóstico e avaliação. Rev Bras Reumatol.. 2007;47(6):442-5.

Oliveira FM, Santos ACB, Takito AM. Bilateral popliteal artery entrapment syndrome: case report. J Vasc Bras.. 2008;7(2):159-62.

Gourgiotis S, Aggelakas J, Salemis N. Diagnosis and surgical approach of popliteal artery entrapment syndrome: a retrospective study. Vasc Health Risk Manag.. 2008;4(1):83-8.

Bonamigo TP, Becker M, Zylberstein S. Síndrome de aprisionamento da artéria poplítea: diagnóstico e tratamento. Relato de caso. Rev Bras Ortop.. 1996;31(11):952-6.

Almeida MJ, Bonetti Yoshida W, Habberman D. Extrinsic compression of popliteal artery in asymptomatic athlete and non-athlete individuals: A comparative study using duplex scan (color duplex sonography). Int Angiol.. 2004;23(3):218-29.

Imtiaz N. Popliteal artery entrapment syndrome. J Coll Physicians Surg Pak.. 2011;21(6):376-8.

Lamb CM, Davies CG, Whitbread T. Two cases of mis-diagnosed popliteal artery entrapment syndrome. Eur J VascEndovasc Surg.. 2010;20(2):e16-8.

Yamaguchi H, Miura T, Eishi K, Tsuda N. A case of popliteal artery aneurysm associated with popliteal artery entrapment syndrome. Ann Vasc Dis.. 2010;3:140-3.

Rich NM, Hughes CW. Popliteal artery and vein entrapment. Am J Surg.. 1967;113:696-8.

Ximenes JOC. Síndrome de enlaçamento da artéria poplítea: relato de um caso e revisão da literatura. Rev Col Bras Cirur.. 1975;2:74-77.

Ristow AVB, Arruda AM, Baptista H. Síndrome de compressão da artéria poplítea. Med Hoje.. 1979;5:80-82.

Gallicchio VG, Schaffer NT. Síndrome do aprisionamento da artéria poplítea. Doenças da aorta e seus ramos: diagnóstico e tratamento. 1991:324-44.

Castiglia V. Síndrome do aprisionamento da artéria poplítea. Doenças vasculares periféricas. 1995:701-15.

Darling RC, Buckley CJ, Abott WM. Intermittent claudication in young athletes: popliteal artery entrapment syndrome. J Trauma. 1974;14(7):543-52.

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)"> Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)">
5dde86430e8825fb0c7b23c6 jvb Articles

J Vasc Bras

Share this page
Page Sections