Jornal Vascular Brasileiro
https://jvascbras.org/article/doi/10.1590/jvb.2013.051
Jornal Vascular Brasileiro
Original Article

Prevalence of deep vein thrombosis in patients with paraplegia caused by traumas

Prevalencia de trombose venosa profunda em paraplegicos de causa traumatica

Nelson Mesquita Junior; Flavia Natalia Marques Kingerski; Giovana Liz Marioto; Fabio Alex Fonseca Viegas; Suzelaine Fidelis da Silva Mesquita; Sonia Perreto

Downloads: 0
Views: 868

Abstract

BACKGROUND: Deep vein thrombosis is a common disease among people who are immobilized. Immobility is inherent to paraplegia and leads to venous stasis, which is one of the factors covered by Virchow's triad describing its development. Trauma is the primary cause of paraplegia and is currently increasing at a rate of 4% per year. OBJECTIVE: To determine the prevalence of deep vein thrombosis in paraplegic patients whose paraplegia was caused by traumas, using color Doppler ultrasonography for diagnosis. METHODS: This was a cross-sectional observational study of 30 trauma-induced paraplegia patients, selected after analysis of medical records at the neurosurgery department of a University Hospital in Curitiba, Brazil, and by a proactive survey of associations that care for the physically disabled. The prevalence of deep vein thrombosis was analyzed using 95% confidence intervals. RESULTS: Spinal cord trauma was the cause of paraplegia in 29 patients. The most common cause of trauma was gunshot wounding, reported by 17 patients. Deep vein thrombosis was diagnosed by color Doppler ultrasonography in 14 patients in the sample. The most often affected vein was the posterior tibial, in 11 patients. The left lower limb was involved three times more often than the right. Edema was observed in 25 individuals, cyanosis in 14, ulcers in 8 and localized increase in temperature in 13. CONCLUSIONS: Deep vein thrombosis was prevalent, occurring in 46.7% of the patients.

Keywords

deep vein thrombosis, paraplegia, immobilization

Resumo

CONTEXTO: A trombose venosa profunda é uma doença comum em indivíduos imobilizados. A imobilização, inerente aos pacientes paraplégicos, gera a estase venosa, que é um dos fatores descritos da tríade de Virchow para o seu desenvolvimento. O trauma é a principal causa de paraplegia e, atualmente, vem aumentando a uma taxa de 4% ao ano. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de trombose venosa profunda em paraplégicos, em que o trauma foi o agente causal da paraplegia, utilizando como método diagnóstico o eco Doppler colorido. MÉTODOS: Estudo observacional transversal, composto por 30 pacientes paraplégicos por trauma, selecionados segundo uma análise de prontuários do Serviço de Neurocirurgia de um Hospital Universitário de Curitiba e por busca ativa em associações de assistência aos deficientes físicos. A análise da prevalência de trombose venosa profunda foi efetuada pelo intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: O traumatismo raquimedular foi a causa da paraplegia em 29 pacientes. A causa mais frequente do trauma foi o ferimento por arma de fogo, relatado por 17 pacientes. A presença de trombose venosa profunda diagnosticada por eco Doppler colorido foi observada em 14 pacientes da amostra. Dentre estes, a veia mais acometida foi a tibial posterior, em 11 pacientes. O membro inferior esquerdo foi três vezes mais acometido que o direito. O edema foi observado em 25 indivíduos, a cianose em 14, a úlcera em oito e o aumento de temperatura local em 13. CONCLUSÃO: A trombose venosa profunda foi prevalente, ocorrendo em 46,7% dos pacientes.

Palavras-chave

trombose venosa profunda, paraplegia, imobilizacao

References

Rocha AT. Tromboembolismo venoso: profilaxia em pacientes clínicos - parte I. .

Caiafa JS, Bastos M. Programa de profilaxia do tromboembolismo venoso do Hospital Naval Marcílio Dias: um modelo de educação continuada. J Vasc Bras.. ;1:103-12.

Baruzzi ACA, Nussvacher A, Lagudis S, Souza JAM. Trombose venosa profunda: profilaxia. Arq Bras Cardiol.. ;67(3):215-18.

Schreiber D. Deep venous thrombosis and thrombophlebitis. .

Keane MG, Ingenito EP, Goldhaber SZ. Utilization of venous thromboembolism prophylaxis in the medical intensive care unit. Chest.. ;106:13-4.

Maffei FHA. Epidemiologia da trombose venosa profunda e de suas complicações no Brasil. Cir Vasc Angiol.. ;14:5-8.

Fortes VB, Rollo HA, Fortes AT Jr. Avaliação do modelo de predição clínica de Wells no diagnóstico da trombose venosa profunda dos membros inferiores. J Vasc Bras.. ;6(1):7-16.

Patel K, Feied C. Deep Venous Thrombosis. .

Barreto SSM, Silva PM, Faccin CS, Theil AL, Nunes AH, Pinheiro CTS. Profilaxia para tromboembolia venosa em uma unidade de tratamento intensivo. J Pneumol.. ;26(1):15-9.

Gehrig R, Michaelis LS. Statistics of acute paraplegia and tetraplegia on a national scale. Spinal Cord.. ;6:93-5.

Mansini M. Estimativa da Incidência e Prevalência de Lesão Medular no Brasil. J Bras Neurocirurg.. ;12(2):97-100.

Waters RL, Adkins RH. Firearm versus motor vehicle related spinal cord injury: preinjury factors, injury characteristics, and initial outcome comparisons among ethnically diverse groups. Arch Phys Med Rehabil.. ;78(2):150-55.

Mansini M. Tratamento das fraturas e luxações da coluna toracolombar por descompressão póstero-lateral e fixação posterior com retângulo e fios segmentares sublaminares associados a enxerto ósseo. :112-12.

Freitas PEP. Traumatismos Raquimedulares Agudos: estudo epidemiológico de cem casos consecutivos. J Bras Neurocir.. ;2(1):1-10.

Garcia ACF, Souza BV, Volpato DE. Realidade do uso da profilaxia para trombose venosa profunda: da teoria à prática. J Vasc Bras.. ;4(1):35-41.

Lourenço DM. Alterações da hemostasia que propiciam o tromboembolismo venoso. Cir Vasc Angiol.. ;14:9-15.

Penha GS, Damiano AP, Carvalho T, Lain V, Serafim JD. Mobilização precoce na fase aguda da trombose venosa profunda de membros inferiores. J Vasc Bras.. ;8(1):77-85.

Guimarães JI. Diretriz da embolia pulmonar. Arq Bras Cardiol.. ;83(1):1-8.

Amaral SH, Silva MN, Viterbo MBS, Giraldi M, Pereira CAB. Fisiopatologia do traumatismo raquimedular. Uma revisão. Arq Bras Neurocir.. ;21(3):83-9.

Heinemann AW, Yarkony GM, Roth EJ. Functional outcome following spinal cord injury. A comparison of specialized spinal cord injury center vs general hospital short-term care. Arch Neurol.. ;46:1098-102.

Stripling TE. The cost of economic consequences of traumatic spinal cord injury. Paraplegia News.. ;8:50-4.

Ho CH, Wuermser LA, Priebe MM, Chiodo AE, Scelza WM, Kirshblum SC. Spinal cord injury medicine. Epidemiology and classification. Arch Phys Med Rehabil.. ;88(3 Suppl 1):S49-S54.

Botelho RV, Abgussen CMB, Machado GCFP. Epidemiologia do trauma raquimedular cervical na zona norte da cidade de São Paulo. Arq Bras Neurocir.. ;20:64-76.

Cunha FM, Menezes CM, Guimarães EP. Lesões traumáticas da coluna torácica e lombar. Rev Bras Ortop.. ;35:17-22.

Hughes JT. The Edwin Smith Surgical Papyrus: an analysis of the first case reports of spinal cord injuries. Paraplegia.. ;26:71-82.

Pereira UC, Carvalho LFP, Santos EAS. Complicações clínicas do traumatismo raquimedular: pulmonares, cardiovasculares, geniturinárias e gastrintestinais. Arq Bras Neurocir.. ;29(3):110-17.

Geerts WH, Bergqvist D, Pineo GF. Prevention of venous thromboembolism: American College of Chest Physicians Evidence-Based Clinical Practice Guidelines (8th Edition). Chest.. ;133(6 Suppl):381S-453S.

Aito S, Pieri A, D'Andrea M, Marcelli F, Cominelli E. Primary prevention of deep venous thrombosis and pulmonary embolism in acute spinal cord injured patients. Spinal Cord.. ;40:300-03.

Merli GJ. Management of deep venous trombosis in spinal cord injury. Chest. ;102:652-57.

Barrwllier MT, Lezin B, Landy S, Le Hello C. révalence de la thrombose veineuse diagnostiquée par échographie-doppler des membres inférieurs dans la suspicion d'embolie pulmonaire et dans l'embolie pulmonaire confirmée. J Mal Vasc.. ;26:23-30.

Maffei FH. Trombose venosa profunda dos membros inferiores: incidência, patologia, fisiopatologia e diagnóstico. Doenças vasculares periféricas. :1363-386.

Pitta GBB, Castro AA, Teixeira LR, Francisco J Jr, Miranda F Jr, Burihan E. Preservação da veia safena magna na cirurgia das varizes tronculares primárias. J Vasc Bras.. ;1(1):32-8.

Meissner MH. Dupplex follow-up of patients with DVT: does it have clinical significance?. Semin Vasc Surg.. ;14:215-21.

Zieler BK. Screening for acute DVT: optimal utilization of the vascular laboratory. Semin Vasc Surg.. ;14:206-14.

Zieler BK. Ultrasonography and Diagnosis of Venous Thromboembolism. Circulation.. ;14:206-14.

Kearon C. Natural history of venous tromboembolism. Circulation.. ;107:22-30.

Sequeira CMG, Juliano Y, Novo NF, Mayall RC, Miranda F Jr. Veias soleares: bases anatômicas e seu papel na origem da trombose venosa profunda em membro inferior. Rev Assoc Med Brás.. ;53(4):305-10.

Melo REV, Silva C, Silva L, Melo M, Links E. Trombose venosa profunda. Int J Dent.. ;1:73-9.

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)"> Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)">
5ddeb3b80e8825ff667279a2 jvb Articles

J Vasc Bras

Share this page
Page Sections